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"Experiências poéticas sobre as representações da mulher brasileira no imaginário português" Pesquisa de Mestrado em Design da Imagem da Universidade do Porto-Portugal 2009-2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Manifesto em repúdio ao preconceito contra as mulheres brasileiras em Portugal
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Corpo des-mapeado
“Corpo des-mapeado” é um corpo mutante e criativo com sentidos mais aguçados a tudo que o cerca. Ele tenta trabalhar como um todo, fugindo desta maneira da frag- mentação que lhe é prometida a todo instante. Um corpo que estranha-se e brinca com suas vestimentas, usando-as quando acha que é necessário, como também, ao transmutar-se, deixa-as no caminho para serem vestidas por outros corpos. Este corpo tenta encontrar atalhos para seguir desviando-se dos cami- nhos principais, mas muitas vezes utiliza-os como ferramenta afim de chegar a algum lugar onde possa dialogar, vivenciar e inventar novas rotas.
A viagem
Há sete anos atrás, numa viagem turística com minha família, conheci Portugal e encantei-me pela antiga, cinzenta e bucólica cidade do Porto. Apesar de nunca ter estado naquele lugar, as águas do rio Douro trouxeram-me memórias de infância, como toda a atmosfera da cidade fazia-me um convite a uma viagem mais íntima e subjetiva comigo mesma. Vol- tei para o Brasil e depois de quatro anos decidi voltar ao Porto com objetivos mais práticos, estudar e especializar-me na área que então trabalhava, o design gráfico, como também ter a experiência de morar e conhecer outros lugares e pessoas. Posso dizer que a experiência trouxe um retorno àquela rápida e profunda relação que tive com esse lugar, apresentando-se, desta vez, como uma viagem mais interna do que propriamente externa, senti-me mais eu, mais Janaina.
O discurso corporal...
Sardinhas, Intervenção Urbana no Porto
“Sardinhas” é uma intervenção com sticks na cidade do Porto que aconteceu na tradicional festa de São João. A cidade fica toda colorida, o cheiro de sardinha toma as ruas, sons dos martelinhos de plástico começam a ressoar, guloseimas de vários tipos são vendidas e a cidade prepara-se para assistir o espetá- culo de fogos de artifícios que acontece na Ribeira, local turístico da cidade. O trabalho utilizou um dos símbolos da festa, a sardinha. Segundo o historiador Hélder Pacheco (2011), as verdadeiras origens da festa estão intimamente ligadas ao culto do sol, da natureza, do fogo e da fecundidade, sendo assim uma festa de origem pagã, dedicada ao solstício de Verão. Os sticks foram fixados na área onde tradicional- mente há anos acontece a festa, na Ribeira. Os formatos de sardinhas coloridas escondem um embalado corpo nu feminino. Corpo este que faz referência às simbologias pagãs primárias da festa, porém, é um corpo feminino que embalado parece infértil, mas que ao ser fixado em painéis de propaganda tenta libertar-se. Acontece um diálogo entre um mundo tradicional e primário e a propaganda, linguagem moderna já tão comum no nosso quotidiano. As intervenções foram realizadas com outras pessoas ad- quirindo uma produção coletiva, em que surgiram diálogos e impressões diversas que enriqueceram o trabalho.
Arte urbana
Imagem por encomenda
Este trabalho foi realizado utilizando-se do espaço público como suporte criativo. Sticks, adesivos uti- lizados em intervenções urbanas, com a imagem de dois corpos femininos nus emplastificados foram colados em diversos locais da cidade do Porto, Lisboa e Madrid. Sem tempo definido, sendo produzido de maneira espontânea a pequena imagem intervém em publicidades, em vitrines comerciais, como também em sinalizações no meio urbano. A idéia partiu do conceito de estereotipo, em que imagens do outro são construídas pelos meios de comunicação de massa influenciando no palpável quotidiano social. Esta experiência foi formulada juntamente com outras pessoas, fazendo parte de uma iniciativa do coletivo artístico Escola Livre de Arte Subversiva - ELAS, do qual faço parte no Brasil.
A imagem fictícia pode ir além de influenciar a realidade, transformar-se na própria realidade, é o que acontece por exemplo na publicidade e nos media. Neste trabalho, na medida em que vai-se construindo um diálogo com a cidade e suas simbologias, o discurso expande-se e dialoga com a rua que oferece imensas informações. Inserindo-se dentro do universo das artes de ruas, utiliza-se destes espaços como principal suporte criativo.